domingo, 30 de outubro de 2011

Sou a noite

Escutando as batidas do meu coração.
Lembro-me das tardes plácidas dos verões que já passaram.
Em que deitado sobre a grama, inocente, desvendava nas nuvens as formas escritas pelo vento.
Agora de mãos fechadas sinto bater meu coração.
Não há nuvens no céu.
Tardes turbulentas essas.
Dias tumultuosos em que...
As pétalas dos sentimentos dissolvem-se nas mãos.
Aprende-se a arte do sorriso vão.
Criança deixa de temer ir ao chão.
Enfrentam-se os bramidos e as tensões.
No peito brilha o pôr-do-sol do coração.
Que temi ontem, hoje não.
Porque aprendi que nas noites também sou escuridão.   



    


       

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