Talvez depois do pôr-do-sol, seus olhos descansem dentro dos pensamentos
inquietos que gritam algo realmente
perigoso.
Os espelho estão quebrados hoje a noite.
Os dedos estão erguidos, eles sempre erguem-se
para julgar, perdidos no devaneio da superioridade, doutrinados pelo que há de
perigoso em seus lábios.
Os raios de sol não querem partir, eles permanecem
no horizonte tentando iluminar o que vale a pena.
Um belo arco-íris feito de giz nunca esconderá a
parede pútrida e tortuosa daqueles que parasitam vidas. Cuja saliva negra nunca
para de manchar mais e mais paredes.
Talvez depois do pôr-do-sol seus olhos repousem
dentro de se mesmo.
Porque essa noite os espelhos estarão estilhaçados
demais pra refletir suas mentes doutrinadas
pelos perigosos lábios.
Quem sabe nasça uma inocente flor em um campo ermo
cujo antídoto reconstrua os espelhos que
nessa noite ficaram no chão.
Só assim as paredes permaneceram suficientemente
limpas para belos arco-íris de giz.